terça-feira, 26 de maio de 2009

Fundação do Câncer e Inca assinam com registro de doadores dos EUA


A Fundação do Câncer e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) assinaram nesta segunda-feira um convênio com o National Marrow Donor Program (NMDP) que autoriza a abertura do Registro nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). O objetivo é realizar buscar internacionais. Desta forma, será possível atender às demandas de pacientes estrangeiros que não encontram doadores compatíveis em seus países de origem.

O NMDP é o registro de doadores de medula óssea do Estados Unidos e o maior do mundo na medida em que reúne em um mesmo banco de dados as informações de registros cooperados. O fato de o REDOME se tornar integrante da rede do NMDP é importante para o Brasil no cenário internacional, sendo considerado um avanço para o país do ponto de vista científico.

O superintendente da Fundação do Câncer, Jorge Alexandre dos Santos Cruz, destaca que a medida é um gesto importante do país no que diz respeito à prática da solidariedade global. "O Brasil há muito tempo procura doadores fora do país e agora vamos dar a contrapartida", explica.

Em 2008, foram gastos R$ 5,5 milhões com as buscas internacionais, valor referente aos exames confirmatórios de compatibilidade, retirada da medula e internação do doador. Com o convênio, o Brasil poderá cobrar por estes mesmos serviços, sendo a Fundação do Câncer responsável pela logística dessas operações. A assinatura do convênio vai trazer economia para o Ministério da Saúde e, em longo prazo, investimentos na melhoria do REDOME, que atualmente é o terceiro maior registro do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

HIV DESAPARECE COM TRANSPLANTE DE MEDULA


Um norte-americano de 42 anos, infectado pelo HIV, o vírus da Aids, por uma década, está livre do mesmo, desde que foi submetido a um transplante de medula óssea há dois anos, em decorrência de leucemia. O homem é o primeiro a ser "curado" da Aids em todo o mundo e seu caso foi publicado no The New England Journal of Medicine.

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A publicação diz que "o caso aponta para um caminho inovador para que as pessoas se livrem do vírus e dos efeitos colaterais dos remédios". O transplante – de um doador aparentemente resistente genéticamente ao HIV – foi feito por médicos do hospital Charité Hospital, que fica em Berlim.

COMPLICADO
Dr. Gero Hutter, hematologista que coordenou o transplante, disse que achar o doador certo de medula óssea e fazer o procedimento ainda são muito complicados e de alto risco para serem adotados como tratamento de rotina. No entanto, a descoberta traz a possibilidade de utilização da terapia genética para controle e erradicação do vírus.

Os antiretrovirais – que o homem em questão tomou por quatro anos antes de ter leucemia – custam cerca de €70 mil por ano e o transplante cerca de €30 mil, na Europa. Dr Hutter declarou: "Quando eu comecei na medicina, o HIV era completamente intratável. Agora, a situação mudou completamente. Talvez nossa descoberta seja uma gota de esperança para o futuro."