sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Novos bancos públicos de sangue de cordão





Novos bancos públicos de sangue de cordão entram em funcionamento até dezembro. A expansão da Rede BrasilCord, que reúne os bancos públicos de sangue de cordão umbilical, será iniciada pela região Sul, com a inauguração da unidade de Santa Catarina até outubro. Mas outras unidades já estão em fase final para entrar em funcionamento.

Em Pará e Brasília, a previsão de início das atividades é até dezembro.Ceará e Porto Alegre devem ganhar seus bancos no início de 2010. Os profissionais destas unidades foram treinados pela equipe do Instituto Nacional de Câncer (INCA), instituição responsável pela coordenação da Rede BrasilCord. Os treinamentos sempre são aplicados para as enfermeiras que vão trabalhar nas maternidades, com a coleta de cordões, e os técnicos que estarão nos laboratórios, processando o material para congelamento.

Para a farmacêutica bioquímica Liane Rohsig, a semana que passou no banco de cordão do INCA foi essencial para o trabalho que vai desempenhar em Porto Alegre. "Já tenho experiência com o processo de criopreservação (congelamento), mas o processo com sangue de cordão é diferente", explica. No Rio Grande do Sul, o banco de cordão está sendo instalado no Hospital de Clínicas, que conta com maternidade. "Isso vai facilitar e agilizar todo o fluxo de coleta e processamento do material porque os cordões vão ser captados na nossa maternidade", conta Liane.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Fundo Social, financia o projeto de expansão da Rede BrasilCord, com investimentos de R$ 31,5 milhões. A verba, gerenciada pela Fundação do Câncer, será utilizada para construção de oito novas unidades da Rede, que hoje conta com quatro bancos: INCA, Hospital Albert Einstein (São Paulo), Hemocentro da Unicamp (Campinas) e Hemocentro de Ribeirão Preto.

A meta é armazenar 50.000 unidades de cordão, número que, somado aos doadores voluntários de medula óssea, é considerado ideal para atender à demanda por transplantes no Brasil. Para contemplar a diversidade genética do povo brasileiro, a proposta é que existam bancos em todas as regiões do país. Os demais bancos a serem construídos serão instalados em Pernambuco, no Paraná e em Minas Gerais.