segunda-feira, 18 de junho de 2012

Transplante de Medula Óssea

No Brasil, a média de pessoas que necessitam de Transplante de Medula Óssea, hoje, gira em torno de 2.500 pessoas. Quando existe a indicação para esse procedimento, inicia-se uma corrida contra o tempo. Primeiro a pesquisa para localizar um doador compatível é iniciada na família, cuja probabilidade de sucesso é de 25%. Mais de 70% dos pacientes terão que recorrer ao Cadastro de Doadores Voluntários Não Aparentados. A partir desse momento a chance de encontrar uma medula compatível começa a se tornar mais difícil. No ano de 2009 o Brasil atingiu a marca de 1 milhão e 300 mil doadores cadastrados tornando-se assim o 3º maior banco de doadores voluntários do mundo. Em primeiro está os EUA seguido da Alemanha, em segundo. Todavia esse número aida é insuficiente para atender a demanda, pois a chance de se encontrar uma medula compatível entre doador e receptor pode chegar em 1 em 1 milhão.

Para se cadastrar como Doador Voluntário de Medula Óssea é preciso:

  • Dirigir-se ao Hemocentro mais próximo de seu domicílio
  • Ter entre 18 e 55 anos
  • Ter bom estado de Saúde
  • Colher uma amostra de sangue (4ml) para o exame de compatibilidade (HLA)
  • Fornecer os dados cadastrais, levar CPF e RG.

O que é medula óssea?

É a matriz do sangue, um tecido líquido e se localiza na parte interna dos ossos semelhante ao, popularmente conhecido, "tutano" do osso de boi. Na medula óssea estão às células-mãe responsáveis pela produção dos componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. Pelas hemácias, o oxigênio é transportado dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico é levado destas de volta para os pulmões, a fim de ser eliminado do organismo. Os leucócitos são agentes que cuidam do sistema de defesa do nosso organismo. As plaquetas são responsáveis pela coagulação do sangue. 


O que é transplante de medula óssea?

É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue. Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula. O transplante pode ser autogênico, quando a medula ou as células precursoras de medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Ele é dito alogênico, quando a medula ou as células provêm de um outro indivíduo (doador). O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.


Quem necessita dessa doação?

Pessoas que possuem doenças que comprometam a produção de sangue pela medula, como leucemias e aplasia de medula óssea e crianças com algumas doenças genéticas.
Muitas vezes, estas pessoas, têm como única chance de vida receber um transplante de medula óssea.
Esse tipo de intervenção exige que doador e receptor tenham compatibilidade total (100%). 
Tendo em vista que a chance desse paciente encontrar um doador aparentado (dentro da família) ser de apenas 25%, a maioria dos transplantes ocorrem com doadores não-aparentados (70%). A partir desse momento a probabilidade de encontrar alguém compatível pode chegar a 1 em 100.000 e fora do país 1 em 1 milhão. No Brasil, esses doadores são encontrados no REDOME – Registro Nacional de Doadores de Medula. 
Quando não se encontra no país um doador 100% compatível é necessário recorrer-se aos bancos de doadores internacionais. Diferente do Brasil, em que 90% dos transplantes é coberto pela rede pública de saúde, os valores cobrados por esse transplante em alguns países, podem custar ao paciente até U$ 120.000,00.
Em 2009 o Brasil atingiu a meta estabelecida para 2011 pelo Ministério da Saúde de cadastrar 1 milhão de doadores voluntários, tornando-se o terceiro maior banco de doadores do mundo, porém esse número ainda é insuficiente para atender a demanda no país.