domingo, 7 de janeiro de 2018

SÍNDROME MIELODISPLÁSICA - SMD

Sinais e Sintomas - SMD
Consultoria: Dr. Phillip Scheinberg
O corpo pode dar indícios de que algo não vai bem. Porém, lembre-se: os sinais podem ser comuns a outros problemas de saúde, portanto é preciso consultar um médico e relatar qual é a frequência destes sintomas, intensidade de cada um e fazer os exames que ele solicitar para se chegar a um diagnóstico.
· Anemia
· Fraqueza e cansaço
· Palidez
· Sangramentos espontâneos
· Febre
Se notar qualquer diferença em seu corpo, procure um médico. No dia da consulta, fale sobre cada um dos sintomas, e também sobre os medicamentos dos quais fez uso. Tudo isso pode ajudar, e muito, na investigação.

Diagnóstico - SMD
hemograma2
Consultoria: Dr. Phillip Scheinberg
O primeiro exame que pode apontar algum problema é o hemograma completo (exame de sangue). Nele, podem ser vistas as baixas taxas dos componentes do sangue - em especial os glóbulos vermelhos - o que já demonstra que algo não está normal no organismo. 
mielograma (quando uma pequena quantidade de sangue é retirada da medula óssea por meio de uma agulha) e a biópsia da medula (um pequeno fragmento do osso da bacia é retirado para avaliação) também são importantes para se checar o tamanho e o formato das células, incluindo o percentual de blastos (células imaturas). Caso a doença seja confirmada, estes exames sempre deverão ser feitos, para constatar se a mielodisplasia não evoluiu para a leucemia mieloide aguda.
O médico pode pedir ainda exames de citogenética, que avalia os números dos cromossomos dessas células; imunofenotipagem, que poderá identificar com maior clareza as células alteradas; FISH (hibridação fluorescente in situ) muito específico, que também pode encontrar anormalidades em cromossomos; e imuno-histoquímica, que consegue avaliar de perto as células doentes da medula.
**De todos estes exames, apenas o FISH não está disponível do Sistema Único de Saúde (SUS). Se você está enfrentando algum problema, saiba que a Abrale oferece gratuitamente Apoio Jurídico.
Converse com seu médico a respeito dos exames e procure tirar todas as suas dúvidas: como são feitos os procedimentos, se há algum risco, em quanto tempo saberá o resultado e o que mais quiser saber. É muito importante se sentir seguro! 

Tratamento - SMD
Consultoria: Dr. Phillip Scheinberg
Por mais estranho que pareça, a doença em fase inicial pode não necessitar de tratamento, e sim apenas de acompanhamento médico. Mas essa será uma decisão do especialista.
Dentre as principais opções para o tratamento estão:

   Transplante de medula óssea
Também chamado de transplante de células-tronco hematopoéticas, é geralmente a primeira opção terapêutica para aqueles casos que necessitam de tratamento. Apenas com ele o paciente poderá alcançar a cura.
Para realizá-lo, serão analisadas algumas condições, como a idade e o estadiamento da doença. Caso o paciente seja um candidato, será indicado o transplante alogênico, quando há necessidade de um doador 100% compatível.
   Terapias Biológicas
Diferente da quimioterapia, essas terapias atuam de maneira distinta nas células, sendo menos tóxicas e com menos efeitos colaterais. Entre elas estão os agentes hipometilantes (cujos representantes dessa classe são a azacitidina e a decitabina) e o agente imunomodulador (cujo representante da classe é a lenalidomida).
Por terem menos efeitos colaterais, essas drogas são preferíveis, principalmente porque a mielodisplasia acomete pessoas de mais idade que tendem a não tolerar muito bem tratamentos mais agressivos.
A azacitidina ou a decitabina são consideradas drogas de primeira escolha em pacientes com mielodisplasia mais avançada que não candidatos a transplante de medula óssea, ou no preparo para o transplante de medula óssea. Diferentemente da quimioterapia, não há a queda do cabelo e os efeitos coletarias são mais brandos, permitindo uso continuado por mais tempo caso o paciente tenha benefício.
A lenalidomida pode ser muito útil em pacientes com mielodiaplsia que apresentem uma alteração muito específica no exame de citogenética, conhecido como síndrome do 5q-. Nesses casos, é considerada terapia de primeira escolha.
*Os dois primeiros medicamentos são aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas não são distribuídos gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Já a Lenalidomida ainda não tem aprovação no país.
A Abrale oferece gratuitamente Apoio Jurídico a todos os pacientes do Brasil. Se você está enfrentando alguma dificuldade em seu tratamento, não hesite em nos contatar!

   Quimioterapia
efeitos colaterais da quimioterapia
Este tratamento utiliza medicamentos extremamente potentes no combate ao câncer, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. 
Ela pode ser oral ou aplicada direto no sangue, em particular quando o paciente está com a mielodisplasia bastante avançada. Sua administração é feita em ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao corpo um momento de recuperação, e o uso de cateteres geralmente é necessário. 
Alguns efeitos colaterais podem surgir, como enjoo, diarreia, obstipação, alteração no paladar, boca seca, feridas na boca e dificuldade para engolir. Mas saiba que existem alternativas para amenizá-los. A nutrição é uma importante aliada na melhora de cada um deles. 
A queda de cabelo também costuma acontecer, pois a quimioterapia atinge as células malignas e também as saudáveis, em especial as que se multiplicam com mais rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pelo crescimento dos cabelos. Nessa fase, busque por alternativas como lenços, bonés, chapéus ou perucas, caso se sinta mais à vontade.
A imunidade baixa, comum a esta fase do tratamento, pode facilitar o surgimento das infecções. A febre é o aviso de que um processo infeccioso está começando, então não deixe de procurar seu médico. Se for necessário, medicamentos serão administrados.
Mas com pequenos cuidados, como lavar as mãos com frequência, você pode evitar que essas temidas infecções apareçam. 
Também são utilizados medicamentos como terapia de suporte, que objetivam controlar ou inibir o surgimento de infecções, amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia e melhorar a qualidade de vida do paciente em tratamento. Os principais são:
· Aciclovir
· Alfaepoetina
· Alopurinol
· Caspofungina
· Dexametasona
· Enoxaparin
· Filgrastim
· Levofloxacina
· Metilpredinisolona
· Mesna
· Mercaptopurina
· Sulfametoxazol
· Trimetoprima
· Voriconazol
Todos os medicamentos têm registro na Anvisa (Agência Nacionalde Vigilância Sanitária) e são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se estiver enfrentando algum problema, a Abrale oferece gratuitamente Apoio Jurídico.

   Transfusão de sangue
Em alguns casos, este procedimento também pode ser sugerido, para repor a quantidade e a qualidade das células.

   Importante! Converse sempre com seu médico, questione sobre seu quadro, o tratamento e as respostas que está obtendo. Sinta-se à vontade para falar sobre tudo. E siga à risca os cuidados indicados pelo especialista, sempre. 


Mas, e se a Síndrome Mielodisplásica voltar?
Consultoria: Dr. Phillip Scheinberg
O acompanhamento médico é essencial, ainda que o paciente esteja em remissão completa (quando a doença não consta mais nos exames). Caso a recidiva ocorra, um novo ciclo de tratamento irá se iniciar, com doses mais altas de quimioterapia e até mesmo uma indicação de transplante de medula óssea.
Tenha em mente que a ciência a cada dia avança mais, e as opções de medicamentos são bem vastas. 




ATIVIDADE FÍSICA

ALÉM DE DAR MAIS DISPOSIÇÃO PARA O PACIENTE, ELA AUXILIA NO CONTROLE DA ANSIEDADE, MELHORA O HUMOR E DIMINUI O ESTRESSE
Todo mundo já sabe que ser sedentário não está com nada. Perder peso, aumentar a mas­sa e a força muscular, melhorar a postura e a flexibilidade são apenas alguns dos benefícios de se fazer atividade física. A disposição mental também fica maior, e tudo isso junto contri­bui demais para uma boa qualidade de vida. Também para pacientes com câncer do sangue, claro. Por serem submetidos a diversos tratamentos (como cirurgias, quimioterapia e radioterapia) que podem apresentar alguns efeitos colaterais, como dor, fadiga, diminui­ção da capacidade física e indisposição, fazer atividade física funciona como um excelente remédio. A única precaução é que nada seja feito sem antes consultar o médico, já que alguns exercícios não são indicados. Aqui, a fisioterapeuta Priscilla Mendoza, que faz parte do Comitê da ABRALE, dá informações e dicas impor­tantes sobre a prática de atividade física por pacientes.

Quem pode praticar?
Todo e qualquer paciente que esteja em condições de se movimentar, e que seja orientado e supervisio­nado pelo seu hemato-oncologista, que precisa liberar os exercícios. Também é importante considerar o gosto pessoal de cada um, pois realizar uma atividade que não apenas contribua para manter a capacidade física mas também proporcione prazer ao paciente melhora muito a qualidade de vida nessa etapa do tratamento. 

Que precauções devem ser tomadas?
Primeiramente, o médico precisa liberar o paciente para a realização da atividade física, pois cada câncer tem suas características próprias e só o onco-hematolo­gista de cada pessoa pode avaliar o quanto essa prática pode auxiliar ou não. Depois de liberados, os exercícios precisam ser orientados por um profissional da saúde, e com o objetivo único de manter a capacidade física e amenizar alguns efeitos do tratamento. Nesse momento não deve ser feito nada que vise à perda de peso ou ao ganho de massa muscular. Vale lembrar que, se o pa­ciente não tinha uma rotina de atividade física antes do tratamento, deve iniciar de forma bem leve e gradual, enquanto aqueles que já faziam exercícios precisam re­duzir o ritmo, respeitando o momento.

Quais os exercícios permitidos e os proibidos?
Os mais indicados são as atividades aeróbicas leves (como caminhada), os alongamentos e relaxamentos e, se possível, um fortalecimento leve e supervisionado (exercícios com peso ou pilates), com o objetivo de man­ter a força muscular e a capacidade física. Os proibidos são exatamente os que vão contra esse foco de manuten­ção, como os de muito impacto e os de alta performance. 

E quanto às atividades do dia-a-dia?
O ideal é que durante o tratamento o paciente consiga manter todas essas atividades simples do dia a dia, como lavar a louça, passear com o cachorro etc. Melhor evitar apenas aquelas que envolvam carregar muito peso ou que causem grande exaustão. Ter equilíbrio é a melhor alternativa, mantendo sua rotina o mais normal possível mas sempre respeitando os seus limites.

FISIOTERAPIA

Fisioterapia é a ciência aplicada à prevenção a ao tratamento de doenças por meio de manuseios em regiões específicas do corpo que levam os pacientes a uma melhor organização sensitiva e motora.
Ela deve ser aplicada por um fisioterapeuta, responsável por diagnosticar, prevenir e tratar os distúrbios de movimento e funcionalidade humana.
Para os cânceres do sangue, a fisioterapia visa preservar e restaurar a integridade funcional dos órgãos, sistemas e articulações do paciente, além de prevenir distúrbios causados pelo tratamento da doença e que podem comprometer sua mobilidade, como a diminuição da força muscular, redução dos movimentos, queda do condicionamento físico e, no caso de crianças, atraso no desenvolvimento motor.

Por que devo fazer?
A quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea (TMO) podem deixar como herança algumas limitações, como dor persistente nos ossos, retrações e aderências de cicatrizes, encurtamento muscular, alterações respiratórias e falta de controle motor. O acompanhamento com um fisioterapeuta pode proporcionar a melhora, ou até mesmo a cura, de tais problemas, por meio de exercícios físicos leves e outras técnicas, como a drenagem linfática, alongamento, eletroterapia e exercícios respiratórios.

Fisioterapia no TMO
Se há um caso em que esse cuidado não pode ser descartado é o dos pacientes que realizam TMO. Afinal,  76% dos pacientes que fizeram o procedimento apresentam fadiga, e 41%, fraqueza nos movimentos, efeitos provocados pela inatividade, repouso prolongado no leito e pela toxicidade quimioterápicos utilizados no pré-transplante. A fisioterapia, principalmente se for iniciada precocemente, logo após o diagnóstico, pode ser a responsável por atenuar ou mesmo prevenir que esses sintomas apareçam.

Quem pode fazer?
Crianças, adolescentes, adultos e idosos, independentemente do tipo de câncer que tenham. Todo e qualquer paciente pode ser tratado com fisioterapia. O foco dela não é voltado apenas para o local afetado pela doença, mas para as limitações e sequelas que podem vir a surgir com os efeitos do tratamento ou a evolução do câncer.
Converse com seu médico e veja se no seu centro de tratamento este tipo de serviço é oferecido!

LIDANDO COM AS EMOÇÕES

A psicologia pode te ajudar!
Apesar de todo o conhecimento e informações, o câncer ainda é repleto de estigmas.
O diagnóstico oncológico e a realização de procedimentos invasivos durante o tratamento podem desencadear um desequilíbrio emocional tanto no paciente quanto em sua família, trazendo sentimentos como medo, ansiedade e revolta.
As mudanças na vida das pessoas afetadas pela doença são significativas, o que evidencia a importância do apoio psicológico frente às dificuldades que precisam ser atendidas.

A psico-oncologia, uma especialidade dentro da Psicologia da Saúde, representa a área de interface entre a Psicologia e a Oncologia e atua justamente nas necessidades destes pacientes. São diversos os momentos em que este profissional pode ajudar:
· Suporte emocional diante do diagnóstico:
Esta é uma fase marcada por angústia e ansiedade, afinal, após um período de expectativa e exames considerados complicados, receber o diagnóstico não é nada fácil.
No momento inicial do tratamento tudo é novo e fica muito difícil assimilar as informações de uma só vez.
O acompanhamento psicológico pode ser muito importante para auxiliar o paciente e familiares a se ajustarem a esta nova realidade. Aos poucos, todos poderão se sentir mais fortalecidos para passar por esta situação da melhor maneira possível.
· Suporte emocional durante o tratamento:
O tratamento do câncer pode ser muito desgastante, uma vez que envolve internações prolongadas, idas ao hospital, visitas ao médico e mudanças físicas. Em alguns casos os efeitos colaterais do tratamento também causam desconforto e, aliado a tudo isso, ainda é necessário lidar com as demandas da vida cotidiana ao mesmo tempo.
Em maior ou menor grau, o paciente pode apresentar dificuldades de lidar com estas situações. O trabalho da Psico-oncologia pode facilitar o manejo dos tratamentos médicos propostos, promovendo uma melhor forma de enfrentamento e qualidade de vida durante este período.
· Suporte emocional no término do tratamento e reinserção social:
Na maioria das vezes as pessoas interrompem os estudos e/ou o trabalho enquanto estão realizando o tratamento. Após a alta, normalmente estão aptos para voltar à rotina e este é um momento muito delicado, cercado de expectativas e ansiedade.
Em alguns casos os pacientes podem apresentar algum tipo de sequela causada pela doença e precisam aprender a lidar com estas limitações. Algumas pessoas, por exemplo, ainda não conseguem voltar para o mesmo local em que estudavam/trabalhavam e precisam enfrentar novas maneiras de buscar a inserção no mercado de trabalho.
Situações como estas fazem com que o apoio psicológico neste momento seja tão importante quanto o realizado durante o tratamento. O profissional ajudará o paciente a lidar com as situações do dia a dia, e também com a ansiedade presente nas consultas para acompanhamento e exames de controle – afinal, mesmo em alta, é muito comum ter o medo de a doença voltar.
O apoio psicológico também deve acontecer frente à impossibilidade de cura e a convivência com a doença crônica, que muitas vezes requer adaptabilidade a uma nova realidade.
Por Flávia Sayegh - Psicóloga da ABRALE.

USO CORRETO DE MEDICAMENTOS

Cuidados com o medicamento
Quando pensamos em farmácia, a primeira imagem que nos vêm à cabeça são remédios e o local onde conseguimos comprá-los, certo? Mas saiba que essa área vai muito além disso.
A Farmácia tem abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa e desenvolve atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos aos pacientes e unidades hospitalares. Sua missão é contribuir no processo de cuidado à saúde, visando melhorar a qualidade da assistência prestada ao paciente, promovendo assistência farmacêutica, garantindo a segurança da cadeia de abastecimento e uso racional de medicamento.
No tratamento do câncer em específico, é na farmácia que ocorre a aquisição, armazenamento, manipulação e entrega do quimioterápico e outros medicamentos, por exemplo.
O farmacêutico necessita de formação específica para realizar tais ações. Entre suas funções estão:
· Identificar, prevenir e resolver problemas relacionados ao medicamento utilizado pelo paciente;
· Avaliar a prescrição da quimioterapia, incluindo análise de interação medicamentosa;
· Orientação o paciente e realizar o acompanhamento farmacoterapêutico;
· Manipular a quimioterapia.

Dicas!
Como tomar remédios
1 - Nem todo medicamento pode ser tomado com qualquer líquido. Por exemplo, o Sulfato Ferroso não deve ser ingerido com leite e derivados, uma vez que diminuem a biodisponibilidade do ferro. O Mesilato de Imatinibe deve ser tomado apenas com água. Por isso, para não errar, a indicação é tomar sempre com água.
2 - Não é errado não utilizar líquidos para a ingestão de medicamentos. Porém, não é o ideal. Além de ser desconfortável, a absorção pode ser iniciada no esôfago, que possui pH diferente do estômago, podendo levar a alterações na ação.
3 – O ideal é sempre tomar o medicamento depois de se alimentar, mas se for logo antes de começar a comer, não há problema. Às vezes, pode ser necessário estar em jejum, pois isso fiquei atento às instruções.
4 - Algumas medicações ao serem tomadas com determinado alimento podem ter melhor absorção, como no caso da Ciclosporina quando ingerida junto com alimentos mais ácidos. Um outro exemplo é o da vitamina C, que melhora a absorção do Sulfato Ferroso quando ingeridos ao mesmo tempo.
5 – Alguns alimentos podem prejudicar o efeito do medicamento, como acelerar o metabolismo hepático. É o que acontece com a fruta americana grapefruit, que não deve ser ingerida junto com determinadas medicações. Outro exemplo importante são as bebidas alcoólicas, que podem, de forma muito perigosa, potencializar a ação de calmantes, levando a uma diminuição da atividade dos sistemas nervoso central, cardiovascular e respiratório.
6 – É preciso ter cuidado ao tomar mais de um remédio no mesmo dia e horário.  É interessante saber se ocorrem interações medicamentosas – ou seja, se uma substância influencia na outra. Temos medicações que são melhor absorvidas em meio ácido. O Omeprazol, por exemplo, pode tirar essa acidez do estômago e prejudicar sua absorção. Há também o caso de alguns antibióticos, como a Amoxacilina, que podem reduzir a eficácia dos contraceptivos orais.
7 – Uma dúvida comum é se pode ou não cortar o comprimido no meio para ficar mais fácil de engolir. Depende. Cápsulas não devem ser abertas, e os chamados comprimidos de liberação lenta também não. Eles têm um revestimento que se for violado fará o remédio ser absorvido mais rapidamente. Por isso, a indicação geral é de que os comprimidos sejam ingeridos integralmente, salvo exceções em crianças ou idosos. Nesses casos, o paciente pode consultar o farmacêutico sobre qual medicamento poderá ser cortado, ou macerado, ou ainda diluído.
8 – Alguns remédios devem ser guardados em geladeira. Algumas substâncias precisam de ambientes frios porque podem sofrer instabilidade química em temperaturas superiores. Caso a indicação não seja seguida, há um grande risco de perder parte da ação do medicamento.
9 – É essencial manter os medicamentos nas embalagens originais, que foram pensadas e desenhadas para armazenar corretamente, preservando toda a sua integridade. Mas não há contraindicação para o uso de caixinhas separadoras de remédios.
10 – É sempre importante seguir a receita médica e ler a bula. Cada medicamento é diferente, e na bula estão todas as suas especificações, indicações e contraindicações. Lê-la é a melhor forma de não errar ao tomar um medicamento.

Descarte de medicamentos
Não se deve descartar nenhum medicamento no lixo comum, nem no vaso sanitário, pois eles são compostos de substâncias químicas que colocam em risco a saúde de crianças ou pessoas carentes que possam reutilizá-los, além da contaminação da água e do solo.
· Ampolas, seringas, agulhas e frascos de vidro danificados devem ser entregues à farmácia em uma sacola diferente daquela que contém restos de remédios;
· As embalagens dos medicamentos não devem ser reaproveitadas para o armazenamento de outras substâncias de consumo devido à potencial contaminação residual;

HARMONIA DO CORPO E DA ALMA

Cuidando do corpo e da alma
Este é um campo de conhecimento e de intervenção em saúde, em educação e na esfera social cujo objetivo é proporcionar melhor bem-estar e qualidade de vida a pacientes que apresentam limitações funcionais e/ou dificuldades na inserção e participação da vida social.  
As intervenções em terapia ocupacional dimensionam-se pelo uso de atividades, elemento centralizador e orientador na construção complexa e contextualizada do processo terapêutico.

Tipos de atendimento
Os atendimentos podem ser feitos em grupo ou individualmente, de acordo com as situações específicas de demandas, necessidades e tratamento.
O terapeuta ocupacional pode atuar no hospital e seus diversos setores (quimioterapia, unidade de transplante de medula óssea, UTI, enfermarias, brinquedotecas, etc), seja em ambulatórios e consultórios ou mesmo no próprio domicílio do paciente.

Recursos terapêuticos
doc03As intervenções em terapia ocupacional dimensionam-se pelo uso das atividades humanas, sejam elas as artes, o trabalho, o lazer, a cultura, o autocuidado e a participação na vida social, propondo o desenvolvimento de informações, condições e oportunidades para uma vida criativa, autônoma e integrada, sempre com um objetivo principal de melhoria da qualidade de vida das pessoas atendidas.
  Atividades que ajudam a controlar dores e incômodos, sejam elas monitoradas ou não, são muito importantes. Aprender a ter um bom posicionamento na cama ao dormir ou a postura certa ao se sentar ajuda no alívio do estresse, por exemplo. E, quando o paciente apresenta falta de ar, podemos fazer exercícios que trabalhem a respiração, no sentido de normalizá-la.
  Há aquelas que o paciente pode fazer em sua casa ou nos horários de lazer. E aí qualquer coisa vale, porque tem que ser aquela que agrade a cada um. Uns vão preferir fazer natação, outros pintura, outros pilates. O importante é ter o acompanhamento do onco- -hematologista responsável, para saber se não há restrições.
  Outro ponto importante é buscar dar ao paciente o máximo de independência possível, mantendo suas atividades do dia a dia. Mesmo em fases de maior debilidade, isso deve ser incentivado, ainda que em pequenas atitudes, como tomar banho e escovar os dentes.

Os familiares também precisam de cuidado
Com o adoecimento, os familiares também passam por um período de rupturas e mudanças, de desorganização e reconfiguração de seus papéis. O terapeuta ocupacional poderá ajudá-lo a vivenciar todo este processo, buscando atuar sobre as questões relativas a estas rupturas e aos sofrimentos sempre tendo como meta principal a melhoria da qualidade de vida de todos os envolvidos.

Abaixo segue link com a cartilha do SUS, caso alguém tenha interesse em saber como funciona:

http://www.abrale.org.br/docs/cartilha-sus/cartilha.html

CUIDADOS IMPORTANTES!!!!



A arte do cuidar
Chamados de anjos por muitos, os enfermeiros são os profissionais que mais ficam próximos do paciente durante todo o tratamento. 
A Enfermagem é uma mistura entre filosofia, que responde à grande questão existencial do homem, e a ciência e tecnologia, e objetiva a promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde.
No Brasil, este profissional tem nível superior e atua nas áreas assistencial, administrativa e gerencial de hospitais, postos de saúde e em domicilio. Dentro da enfermagem, também se encontram o auxiliar de enfermagem (nível fundamental) e o técnico de enfermagem (nível médio), que dão importante apoio ao enfermeiro. 

Cateter
O tratamento com quimioterapia pode ser feito de maneira endovenosa, ou seja, com aplicações diretas na veia do paciente.
A depender da quantidade de ciclos que serão feitos durante o tratamento, a utilização de cateteres pode ser indicada pelo médico especialista. Mas não se assuste! Essa é uma prática normal e que trará um maior bem-estar ao paciente. Dentre os tipos de cateteres disponíveis estão: PICC, Shilley ®, Arrow®, Port a Cath®, Hickman® e Perm Cath®.
O mais utilizado no tratamento do câncer é o Port a Cath®, cateter totalmente implantado por meio de um procedimento cirúrgico bastante simples. É através desse cateter que o paciente receberá os medicamentos e que será feita a coleta de sangue para a realização dos exames necessários.
A quantidade de tempo que ele será usado também depende de avaliação feita pelo médico responsável. Mas atenção! O uso de cateter implantado exige alguns cuidados essenciais, para que o paciente não fique exposto às infecções.
· É muito importante proteger o curativo realizado na pele no momento do banho, pois o local da punção não pode ser molhado de jeito algum.
· Durante a aplicação, tome muito cuidado com os fios, para que não aconteçam falhas durante o tratamento.
· No momento das refeições, também fique atento para que nenhum alimento ou líquido caia no local.
· Se estiver no hospital, não tenha receio de chamar a enfermeira se achar necessário.
· Em casa, evite traumas na região em que o cateter foi instalado. Se o paciente for criança, é importante que as brincadeiras que possam causar algum impacto sejam evitadas.
· Não há necessidade de passar produtos no local.
· É necessário fazer a limpeza interna do cateter. Este procedimento é chamado de “heparinização” ou “salinização” do cateter. O paciente deverá comparecer uma vez por semana no hospital ou ambulatório para fazer a troca da solução de heparina do interior do cateter.
· Se perceber algo diferente, não se sentir bem ou tiver dúvidas, não deixe de conversar com o seu médico o mais rápido possível.
Xô, dor!
Não é novidade que o tratamento para o câncer é algo complicado de se enfrentar. E pode ficar pior se o paciente sentir a chamada “dor oncológica” durante o processo.
A dor pode ser um dos sintomas mais frequentes, e sua aparição irá depender da localização do tumor ou se há metástase. Ela pode se manifestar como queimação, ardor e formigamento, e pode ser aguda, ou seja, de curta duração, ou crônica, quando é persistente.
É muito importante descobrir o quanto antes de onde ela vem, para assim já iniciar o quanto antes o tratamento indicado. Sim, é possível aliviar este sintoma!
Hoje, dentre as opções de medicamentos estão os analgésicos, anti-inflamatórios, opioides, e os antidepressivos tricíclicos e anticonvulsivantes, que são importantes principalmente para o controle da dor neuropática (na região da cabeça).
Importante! Converse sempre com o seu médico e deixe claro tudo o que está sentindo. É você quem deve definir qual nível de dor está sentindo!

Higiene pessoal
A higiene das mãos é a principal arma contra a contaminação por micro-organismos e deve ser adotada pelo paciente e por todos os envolvidos no processo de cuidar, sempre. Para isso, utiliza-se o sabonete neutro ou líquido e álcool gel.
Também é importante:
- Utilizar escovas macias para escovação dos dentes, enxaguantes livres de álcool e evitar o uso de fio dental quando as plaquetas estão muito baixas;
- Sabonete, esponja de banho, toalhas, devem ser exclusivas do paciente. Como a imunidade fica bastante fragilizada, é melhor evitar qualquer risco de contrair alguma bactéria, certo?
Cuide de sua pele
Não tem jeito: a quimioterapia e a radioterapia, um dos tratamentos mais eficazes contra os cânceres do sangue, causam uma série de efeitos colaterais enquanto fazem o seu trabalho de combate à doença. E a pele é uma das áreas que mais sofrem com isso.
Reações alérgicas, mudança na coloração, erupções em forma de acne (as famosas espinhas) e sensibilidade são alguns deles.
Se a pele ficar ressecada, é importante evitar ácidos, esfoliantes e sabonetes que tirem a oleosidade. Se aparecerem acnes, os ácidos já podem ser recomendados, associados a pomadas antibióticas. O uso de protetor solar não pode ser dispensado nunca. É aconselhado que cremes hidratantes e sabonetes sejam neutros, para não causar irritação na pele. Também é importante não utilizar desodorantes e retirar todo o resíduo de hidratante da pele antes de sessões de radioterapia.
Converse com seu médico e procure um dermatologista para saber quais os produtos ideais para você.

Dicas para o seu dia a dia
Quando se está em tratamento de uma doença grave, como o câncer, a rotina muda um pouquinho. Às vezes é necessário se afastar do emprego, da faculdade, das atividades físicas, e até mesmo dos passeios em família e com amigos.
Mas saiba que, ainda assim, é possível realizar atividades interessantes. Por exemplo:
· Ao acordar, tome um banho e troque de roupas. A vontade de ficar de pijama pode ser muito forte, mas ficar assim o dia inteiro  pode te deixar deprimido;
· Mantenha a boa aparência, nada de relaxar! Passe um batom, coloque um lenço, um boné, e sinta-se bem com você mesmo;
· Não se isole das pessoas que ama! As redes sociais estão aí, e facilitam muito este contato (ainda que a distância)
· Nos períodos em que não estiver internado, veja com seu médico se pode fazer caminhadas e  passeios. Atividades assim ajudam a espairecer.
· Cuide de sua família, filhos, esposa, marido. Lembre-se que eles estão ao seu lado neste momento, e também precisam de você. 

ODONTOLOGIA NO CÂNCER: COMO CUIDAR DOS DENTINHOS E PROBLEMAS BUCAIS



Com os cuidados bucais, é possível evitar alguns problemas bastante comuns aos que realizam quimioterapia, radioterapia ou que estão se recuperando de um transplante de medula óssea.
As principais complicações enfrentadas pelos pacientes são:
Mucosite oral: o surgimento de feridas na cavidade oral causa dor e desconforto, além de aumentar as chances de contrair bactérias.
Xerostomia: a secura excessiva da boca é comum, pois o tratamento acaba causando alterações nas glândulas salivares.
Cárie de radiação: por causa da baixa produção de saliva e de má higiene bucal, as cáries podem surgir.
Infecções oportunistas: a baixa imunidade deixa o paciente bem suscetível, por isso todo cuidado é pouco quando o assunto são as infecções.
Sangramento bucal: com o baixo número de plaquetas, ele pode acontecer, inclusive, de forma espontânea.
Perda do paladar: o tratamento causa alterações importantes no organismo, entre elas as que ocorrem nas papilas gustativas, fazendo com que o paciente não sinta os sabores de alguns alimentos.
Perda óssea: a perda dos dentes não costuma ser comum em pacientes em tratamento do câncer, porém pode acontecer caso os cuidados de higiene não sejam realizados corretamente.

Como o tratamento acontece?
f 43001Para tratar e amenizar os problemas bucais, é fundamental, antes de tudo, que durante todo o tratamento, e até mesmo antes de começá-lo, o paciente tenha um acompanhamento odontológico com um profissional especializado em câncer. A higiene bucal não pode ser deixada de lado, ainda que a região da boca esteja dolorida.
  Nesse momento, é mais indicado o uso de escovas macias e bochechos com soluções antissépticas sem álcool.
  Para aliviar a mucosite oral, o paciente pode utilizar soluções isotônicas, anti-inflamatórios e o tratamento com laser, conhecido por laserterapia, que também apresenta excelentes resultados.
• Quando houver redução de fluxo salivar e a boca ficar muito seca, pode-se usar protetor labial à base de lanolina e lubrificantes bucais, conhecidos como saliva artificial. Assim, evita-se possíveis feridas e infecções.
  O sangramento nas gengivas também pode estar associado à placa bacteriana, que causa uma inflamação no local. Para evitá-lo, o profissional deve acompanhar com o paciente a forma correta de realizar a escovação e, se for necessário, remover essas placas por meio do tratamento periodontal.
  As infecções oportunistas exigem todo o cuidado possível. Para tratá-las, são indicados medicamentos tópicos ou orais, que só devem ser utilizados com o acompanha - mento médico e do dentista.
• Aos que tiveram perda óssea, os implantes dentários podem ser indicados. O que realmente irá importar é o estado clínico: se o paciente estiver em remissão completa, esse procedimento está liberado; mas, se ainda estiver em tratamento com quimio ou radioterapia, o paciente fica mais exposto a possíveis infecções no local do implante, o que não deve acontecer. As pessoas que fazem radioterapia na região da cabeça e do pescoço ou que fizeram uso dos medicamentos do grupo de bisfosfonatos (utilizados no combate a problemas ósseos), tem restrição à colocação de implantes.
O uso de aparelhos ortodônticos deve ser suspenso durante o tratamento para evitar sangramentos e possíveis infecções. Apenas após dois anos de remissão pode ser feito o tratamento ortodôntico normalmente.

Onde tratar?
Ainda que o tratamento odontológico especializado não esteja disponível em todos os hospitais do País, é muito importante que o paciente procure saber se onde ele se trata há esse tipo de serviço.

QUALIDADE DE VIDA DURANTE A QUIMIOTERAPIA - BOA ALIMENTAÇÃO



alimentos1Os efeitos colaterais do tratamento contra o câncer atrapalham a ingestão de uma série de alimentos, e a alimentação rica e balanceada é fundamental no apoio ao tratamento. Mas que alimentos são os mais adequados? Quais as normas de higiene para manuseá-los? Essas são algumas perguntas feitas pelos pacientes.
Aqui, colocaremos algumas dicas que irão te ajudar neste momento, mas é importante salientar que o nutricionista, com foco no tratamento oncológico, é o profissional responsável por indicar qual a melhor dieta. Converse com o médico e veja se em seu centro de tratamento este serviço está disponível.

Alimentos contra os efeitos colaterais
Náuseas, vômitos e modificações no trânsito intestinal (tanto diarreia quanto intestino preso) podem ocorrer durante o tratamento oncológico. Além disso, alguns medicamentos alteram o paladar, o que causa menos apetite.
Contra náuseas e vômitos:
• Prefira alimentos frios ou gelados, como sorvetes, milk-shakes, vitaminas, frutas e saladas
 Diminua ou evite o uso de temperos fortes na preparação dos alimentos
 Faça as refeições em ambientes calmos e coma pequenas porções várias vezes ao dia
Contra a diarreia:
 Aumente a ingestão de líquidos, como água, chá, suco e água de coco
 Evite alimentos laxativos, como doces concentrados, leite de vaca, creme de leite, manteiga, queijos, verduras, cereais e pães integrais, além de frutas como mamão, laranja, uva e ameixa preta
Contra a obstipação (prisão de ventre):
 Evite o consumo de cereais refinados (arroz branco, farinha de trigo refinada, fubá, semolina, maisena, polvilho)
 Substitua alimentos pobres em fibras por alimentos ricos nesse nutriente (ex.: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, soja, arroz integral, linhaça, aveia, cevada, milho, trigo, pães e biscoitos integrais, cereais matinais, agrião, alface, abóbora, abobrinha, aipo, aspargos, beterraba, bró- colis, couve, acelga, batata-doce, rúcula, escarola, erva-doce, espinafre, repolho, salsa, cebolinha, cebola, cenoura crua, couve-flor, nabo, pepino, pimentão, quiabo, rabanete, tomate cru, vagem, abacaxi, ameixa, amora, banana, caju, cereja fresca, coco, damasco seco, figo, goiaba, kiwi, laranja com o bagaço, maçã com casca, manga, maracujá, mamão, melancia, melão, tangerina, morango, nectarina, pera com casca, pêssego com casca, tâmara, uva fresca e passa)
 Para maior benefício, consuma esses alimentos durante o dia, acompanhados de no mínimo dois litros de líquidos
 Para evitar a flatulência (formação excessiva de gases), que pode ocorrer com o aumento súbito de fibras na dieta, aumente esse consumo gradativamente
 Inclua na sua alimentação leites fermentados ou suplementos contendo probióticos (ex.: lactobacilos)
Receita de Pudim de SorveteContra a mucosite:
 Evite alimentos picantes e salgados com temperos fortes e alimentos ácidos (ex.: limão, laranja pera, morango, maracujá, abacaxi e kiwi)
 Consuma preferencialmente alimentos macios ou pastosos (ex.: creme de espinafre, milho, purês, pães macios, sorvetes, flans, pudins e gelatinas) 
Contra a xerostomia (boca seca):
 Procure mascar chicletes e chupar balas
 Beba líquidos em abundância (ex.: água, chá, suco, sopa)
 Aumente a ingestão de alimentos ácidos e cítricos
 Acrescente molhos e caldos nas preparações salgadas
 Evite alimentos ricos em sal
 Chupe cubos de gelo ao longo do dia
 Utilize pomadas industrializadas (“salivas artificiais”) antes das refeições

Higienização dos alimentos
Durante o tratamento, o paciente costuma ficar com a imunidade bastante baixa, e sem as precauções necessárias, pode vir a contrair infecções. Portanto, há um importante cuidado a ser tomado na alimentação de pacientes com câncer: todos os alimentos devem ser armazenados, preparados e servidos de maneira adequada.
A higienização e o cuidado com todas as etapas antes da ingestão de um alimento são fundamentais para evitar infecções alimentares e outros problemas relacionados à contaminação em um momento tão sensível.
 Coma carnes sempre bem cozidas (bem passadas), para que não reste nenhuma parte crua ou mesmo rosada
 Descongele as carnes vermelhas, peixes ou aves na geladeira ou no micro-ondas, nunca em temperatura ambiente
 Não deixe alimentos perecíveis fora da geladeira por mais de duas horas
 Não deixe os alimentos com ovos, cremes ou à base de maionese fora da geladeira por mais de uma hora
 Divida grandes quantidades de alimentos em pequenas porções e guarde em potes rasos. Deixe na geladeira somente o alimento que for consumir nos próximos dois ou três dias e congele o restante
 Lave bem as frutas e vegetais em água corrente, e retire todas as áreas “machucadas” e estragadas dos vegetais
 Lave a embalagem dos alimentos (como enlatados) antes de abrir
 Não use o talher da preparação do alimento para provar o tempero
 Não prove alimentos com cheiro de azedo ou estragado
 Cozinhe os ovos até a clara estar completamente dura, e a gema, espessa

Água, a fonte da vida
aguaPesquisas apontam que o câncer é causado por, entre outros fatores, acúmulo de toxinas. Sendo assim, tomar muita água não só previne o aparecimento de tumores como também ajuda no tratamento. É raríssimo que um indivíduo em terapia tenha que regular a quantidade de água ingerida. Quanto mais, melhor.
Posso tomar qualquer tipo de água?
Pois é, não é toda água que o paciente em tratamento do câncer pode beber. A água que vem da torneira, por exemplo, pode não ser muito adequada, já que contém produtos, como o cloro, que é tóxico e pode causar reações no organismo. O ideal é tomar a água mineral, aquela que vem na garrafinha, ou água filtrada, processo realizado por diversos aparelhos acessíveis a todos.

Ao comprar um alimento, todo cuidado é pouco
• Checar a data de fabricação e validade do produto, principalmente carnes, ovos e peixes
 Observe o odor, presença de insetos ou corpos estranhos nas embalagens danificadas e estufadas
• Selecione os vegetais e frutas mais frescas, sem áreas amassadas
• Evite salgadinhos e sobremesas não refrigeradas
• Evite estocar alimentos por longo tempo