segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sonhos de Ano Novo


É preciso viver o sonho e a certeza de que tudo vai mudar.
É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os desejos não precisam de razão, nem os sentimentos, de motivos.
O importante é viver cada momento e aprender sua duração,
pois a vida está nos olhos de quem sabe ver...

Desejo que no ano que vem, você...

Realize todos os seus sonhos;
Descubra a cada dia coisas novas para realizar esses sonhos...
Não tenha medo de viver o momento em que eles acontecerem;
E, nesses momentos, descubra novos sonhos.

Feliz Ano Novo!

É muito bom poder estar aqui fazendo parte da sua vida!!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Natal, momento de reflexão!!


Queridos amigos!
Desejo a todos vocês um Feliz Natal, com muito amor, paz e união.
Que o espírito de Jesus se faça presente em cada momento de nossas vidas e, não apenas no Natal, mas em toda nossa vivência.




ORAÇÃO NO NATAL
(texto do Momento Espírita, impresso no site: momento.com.br)

Jesus, que neste Natal Seu olhar de luz penetre nossa alma, como a brisa morna da primavera, e acorde a esperança adormecida sob as folhas secas das ilusões, dos medos, da indiferença, do desespero...

Que Seu perfume, suave como a ternura, envolva todo o nosso ser, confortando-nos e despertando a alegria que jaz esquecida por trás das lamúrias e distrações do caminho...

Que o bálsamo do Seu amor acalme as nossas dores, silencie as nossas queixas, socorra a nossa falta de fé.

Que, neste Natal, o calor da Sua bondade se derrame sobre o nosso Espírito e derreta o gelo milenar do egoísmo que nos infelicita e faz infelizes nossos semelhantes...

Que Seu coração generoso afine as cordas da harpa viva que vibra em nossa intimidade, e possamos cantar e dançar, até que o preconceito fuja, envergonhado, e não mais faça morada em nós...

Que o Seu canto de paz seja ouvido por todos os povos, do Oriente e do Ocidente, e as guerras nunca mais sejam possíveis entre a raça humana...

Que, neste Natal, Suas mãos invisíveis e firmes sustentem as nossas, e nos arranquem dos precipícios dos vícios, da ira, dos ódios que tanto nos infelicitam...

Que a água cristalina da Sua misericórdia percorra nossa alma e remova o lodo do ciúme, da inveja, do desejo de vingança, e de tantos outros vermes que nos corroem e nos matam lentamente...

Que o bisturi do Seu afeto extirpe a mágoa que se aloja em nosso íntimo e nos turva as vistas, impedindo-nos de ver as flores ao longo do caminho...

Que, neste Natal, a pureza da Sua amizade faça com que possamos ver apenas as virtudes dos nossos amigos, e os abracemos sem receio, sem defesas, sem prevenções...

Que o Seu canto de liberdade ecoe em nós, para que sejamos livres como as falenas que brincam na brisa morna, penetrada pela suavidade da luz solar...

Que o sopro da Sua fé nos impulsione na direção das estrelas que cintilam no firmamento, onde não mais se ouvem gemidos de dor, e onde a felicidade plena já é realidade...

Ensine-nos Jesus, a amar, a fazer desabrochar em nossa alma esse sol inteiro que nos fará luz por inteiro...

Ajude-nos a desenvolver o gosto pelo conhecimento, para que possamos encontrar a verdade que nos libertará da ignorância pertinaz...

E, por fim, Jesus, que neste Natal cada ser humano possa sentir a Sua presença sábia e amiga, convidando a todos a uma vida mais feliz...

Tão feliz que Sua mensagem não mais seja um tímido eco repercutindo em almas vacilantes, mas que seja uma grande melodia que vibra o amor em todos os cantos da Terra.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

DEPOIMENTOS DE DOADORES DE MEDULA ÓSSEA


Doador: Elida Roberti

"Meu nome é Elida Roberti, tenho 27 anos sou de Rondonópolis (Mato-Grosso). Em setembro de 2006, minha irmã Elissandra aos 30 anos descobriu através de um hemograma que estava com Leucemia Mielóide Aguda. Custei a acreditar que isso estava ocorrendo na minha família porque minha irmã era uma pessoa absolutamente saudável.
Procurei uma hematologista e ela me disse que realmente só um TMO (Transplante de Medula Óssea) poderia "salvar" a sua vida .A Draº foi bem clara dizendo que a compatibilidade de irmãos é bem difícil de ocorrer e se isso não fosse possível minha irmã teria que entrar na lista de espera de doadores de medula óssea .

Eu e minha outra irmã Elisangela resolvemos fazer essa coleta de sangue pra exame de compatibilidade. Pedi muito a Deus para que fosse feito a vontade dele, para que eu ou a minha outra irmã (Elisangela) fosse compatível. Ele nos respondeu grandiosamente concedendo-nos a graça de sermos compatíveis!!Agradeci muito a Deus por me conceder essa benção de ter a oportunidade de ser útil em vida e poder doar não somente a medula, mas sim realizar um ato de amor para com o próximo...para Deus todos nós somos irmãos.
Chegou o grande dia em que eu ia doar ALGO que iria trazer de volta aquele brilho nos olhos, um belo sorriso e muita expectativa de viver por muitos e muitos anos. Pronto! Acabou! é apenas isso! não dói, não te custa nada, muito pelo contrário esse ato de doar custa sim, é a vida de uma pessoa que depende apenas de você e da sua boa vontade. Essa experiência vivida foi de grande valia como ser humano e tenha a certeza de que você pode salvar vidas. Foi para isso que Deus com um ato de amor e de compaixão deu o seu único filho para nos dar vida e porque não retribuir ao seu próximo esse ato de amor para quem precisa!




Doador: Marcio e Juliano

Muitos pacientes aguardam seu gesto. Participe e colabore também para Salvar Vidas!!
Marcio e Juliano, foram cadastrados em 2005 na primeira campanha em Itapetininga e doaram a medula óssea !

"Sempre tive vontade de ser doador de medula, doar medula óssea não dói , muito pelo contrário, soube da compatibilidade, fiz alguns exames e fui para coleta, que é rápida, e no outro dia já estava bem e rapidamente pude voltar as minhas atividades normais."- destaca Marcio, que doou através da coleta ossos da bacia.

Juliano se cadastrou em Itapetininga na campanha realizada pela AMEO e doou a medula óssea em 2006 . "Doe Esperança. SALVE UMA VIDA!Cadastre-se como doador voluntário de medula óssea.




Doador: Priscila

Meu nome é Priscila e escrevo para contar que ajudei salvar uma vida. Foi em 2005, quando doei minha medula óssea a uma criança que sofria de leucemia.

Tudo começou em fevereiro de 2004 quando uma campanha realizada pela AMEO em Tatuí, a fim de cadastrar possíveis doadores de medula óssea. Comoveu-me saber que a chance de encontrar um doador compatível era de 1 em 100 mil. Fiz a coleta de sangue e meus dados ingressaram no REDOME.

Após 1 ano fui contatada pelo REDOME, pois havia uma criança precisando de uma medula compatível coma minha. Fiz os exames necessários para confirmar a compatibilidade e também exames para comprovar meu estado de saúde. Foi preciso ir algumas vezes ao HC em SP para realizar exames. Todas as despesas foram pagas pelo REDOME. A doação foi marcada para outubro daquele ano. Os médicos e enfermeiros do TMO (Transplante de medula óssea) me deram todas as orientações necessárias e também me esclareceram como seria feito o transplante.

O procedimento foi bem simples: após tomar anestesia raqui, cerca de 10% da medula foi aspirada com agulhas especiais que perfuram o osso da bacia. Pouco tempo depois o paciente já estaria recebendo o transplante.

No dia seguinte deixei o hospital. Senti um pouco de dor no local perfurado. Também estava com um pouco de anemia. Mas voltei a trabalhar no dia seguinte e, tomando remédio fornecido pelo Hospital, me recuperei rapidamente da anemia. Ficaram apenas dois pontinhos circulares acima das nádegas como "cicatrizes".

Foi assim a experiência mais gratificante da minha vida: o dia em que ajudei a salvar a vida de alguém. Um privilégio indescritível de que mais gente poderia participar.

Quero aproveitar esse espaço para convidar a população entre 18 e 55 anos para se cadastrar junto ao REDOME e tornar-se um doador!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

DEPOIMENTOS DE PACIENTES QUE REALIZARAM O TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA


1
Paciente: Scheila

"Quero agradecer à todos que fazem parte da minha vida e também agradecer à Equipe da AMEO.
Nossa! É com muita alegria que falo isso para todos....
Eu fui abençoada por Deus, consegui um doador compativel através do REDOME, Registro de Doadores de Medula Óssea... graças a coragem desse pessoal que luta por nós e disponibiliza de todo o tempo para ficar o dia todo trabalhando em campanhas, como voluntários...tudo isso por nós que precisamos do transplante de medula para ter uma chance de cura...
Muito obrigado pelo carinho e dedicação...
Que Deus continue iluminando e abençoando todos vcs...

"...Aproveito para agradecer ao doador que vai doar a medula para mim, mesmo não sabendo de onde você é, se é homem ou mulher, não importa...o que importa é que vc também é um vitorioso(a), por ter a coragem de se cadastrar no REDOME....para ajudar uma pessoa que vc não conhece....muito obrigada do fundo do meu coração....Que Deus te abençõe sempre...
Um grande abraço..."

Sheila

2
Paciente: Mirna Ayumi Kajiyama

"As minhas chances de encontrar um doador compatível no Brasil eram de uma em um milhão, e consegui. Alguém iluminado, com grande espírito de solidariedade e amor ao próximo se cadastrou como doador e salvou minha vida. Meu sentimento é de imensa gratidão e alegria. Obrigada a todos os doadores voluntários, vocês estão doando amor, esperança e vida a todos nós!
Mirna Ayumi , 14 anos. Recebeu a medula óssea de um doador não aparentado cadastrado no REDOME.

3
Paciente: Silmara Meira-Irmã de Paciente

ENCONTRAMOS!
"...Ontem recebi a informação de que o Redome tem 2 medulas 100% compatíveis com o meu irmão!!!!

Confesso que a minha ficha ainda não caiu direito!!
Como neste momento o Walmir não está precisando do transplante, pois o Glivec está agindo bem, parece que o transplante se torna uma coisa muito remota.

Mas, no fundo, isso só está acontecendo porque há 4 anos a Ameo vem fazendo seu trabalho com muita dedicação e competência. É lindo saber que a sementinha plantada lá atrás está dando frutos! E assim como o meu irmão poderá se beneficiar desses frutos, outros pacientes também terão essa chance fundamental.

Obrigada do fundo do meu coração a todos que se dedicaram a essa causa, enfrentando dificuldades e barreiras, mas acima de tudo acreditando que é possível!"

Um super beijo

Silmara Meira

EXAMES


O diagnóstico é definido por meio dos dados clínicos do paciente, avaliado por um médico hematologista, estudo das células sanguíneas e da medula óssea em aspectos morfológicos, citoquímicos, citogenéticos e moleculares.

A descrição dos exames abaixo serve para o paciente entender quais os exames mais frequentes, como eles são feitos e porque são pedidos.
Para o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com neoplasias hematológicas, os exames de sangue, em especial o hemograma e o exame de medula óssea, mielograma, são realizados com freqüência.


*Hemograma – é um exame que avalia e quantifica as células do sangue: glóbulos brancos, hemácias e plaquetas. É um simples exame de laboratório, realizado com uma pequena quantidade de sangue colhida da veia. O exame é pedido pelo médico para ajudar no diagnóstico ou controlar a evolução de uma doença.

*Mielograma – é um exame que avalia a forma e quantifica as células que dão origem aos glóbulos brancos, hemácias e plaquetas. O exame é realizado com uma pequena quantidade de "sangue" colhida do interior do osso. O procedimento da coleta é realizado com o paciente deitado ou sentado (crianças). Aplica-se uma pequena anestesia no local da coleta, que pode ser região esternal ou parte posterior da bacia . A agulha para coleta do mielograma é especial, chama-se Jamshid, ela é colocada na pele anestesiada e introduzida até alcançar o interior do osso. Quando atingido este local, coloca-se uma seringa na parte posterior da agulha e aspira-se algumas gotas do material do interior do osso. Esse exame pode ser realizado em consultório médico ou em laboratórios e tem duração de poucos minutos ( aproximadamente 10 minutos).

*Imunofenotipagem- exame que utiliza soros com anticorpos específicos para caracterizar melhor a população das células doentes. Este exame, nas doenças hematológicas é realizado com material de medula óssea ou com o sangue periférico.

*Biópsia de Medula Óssea- é um exame que permite uma visão mais ampla da medula, possibilitando observar a distribuição das células hematopoiéticas dentro da medula óssea, a quantidade de células e a presença de células ou bactérias anormais. O exame da medula óssea neste caso é preparado a partir de um pequeno fragmento de osso da bacia, que depois de coletado é colocado em parafina, cortado, fixado em lâminas e examinado ao microscópio. Adultos podem submeter-se à biópsia recebendo uma anestesia local, na bacia. Sendo assim a biópsia é realizada no laboratório ou no consultório médico. Crianças, em geral, são levadas ao centro cirúrgico para receber uma leve sedação. O procedimento da coleta é realizado com o paciente deitado e tem uma duração média de 20 minutos.

*Biópsia de Linfonodo:é uma pequena cirurgia feita para retirar um linfonodo (íngua ou caroço) para análise. O material retirado é colocado em bloco de parafina, cortado, fixado e corado em lâminas de vidro para análise em microscópio. Este exame possibilita o diagnóstico e a classificação adequada dos linfomas, mas pode ser indicado para o diagnóstico de doenças infecciosas e de outros tumores.

*Coleta do Líquor: O fluído do cérebro é chamado de líquido céfaloraquidiano (líquor) ou fluído cérebro-espinhal. O líquor normal parece com água, é um líquido claro com pequenas quantidades de proteína, potássio, glicose, cloreto de sódio e células.
Para análise, o líquor é comumente obtido por uma picada com agulha especial na coluna vertebral. Uma amostra de líquor é freqüentemente necessária no diagnóstico e tratamento de doenças linfoproliferativas (especialmente em leucemias linfóides agudas). As células da leucemia podem infiltrar o sistema nervoso central (SNC) e a forma de fazer o diagnóstico é através da análise do líquor.

*Imunoistoquímica- exame que utiliza soros com anticorpos específicos para caracterizar melhor a população de células doentes. Este exame é realizado no material obtido a partir de biópsia, seja da medula óssea, de um linfonodo ou de qualquer tecido.

*Citogenética – A citogenética avalia numéricamente e morfológicamente os cromossomos. O estudo é feito nas células tumorais. Nas doenças hematológicas a citogenética é feita com material coletado da medula ou do sangue colhido de veia periférica. Várias alterações cromossômicas foram descritas no câncer. As alterações podem ser importantes em várias etapas do tratamento. Para o diagnóstico de determinadas doenças, por exemplo a presença do cromossomo Philadelfia na pesquisa de Leucemia Mielóide Crônica. Outras vezes o estudo citogenético permite avaliar o grupo de risco do paciente e se torna um elemento importante para a decisão terapêutica.

*Doença Residual Mínima (DRM)- Através de técnicas de grande sensibilidade é possível detectar uma pequena quantidade de células cancerígenas após o término do tratamento, seja o tratamento quimioterápico convencional ou transplante. O encontro dessas células denomina-se DRM e não significa necessariamente que a doença se desenvolva novamente, cada caso deve ser acompanhado e avaliado individualmente.

*Teste de Compatibilidade HLA : A tipagem HLA( antígenos leucocitários humanos) é semelhante à tipagem sanguínea, porém as características genéticas analisadas estão presentes nos glóbulos brancos. O exame é realizado para verificar a compatibilidade entre possíveis doadores e pacientes ( receptores) que necessitam de transplante de medula óssea. Através de uma pequena amostra de sangue retirada da veia , podemos realizar a tipagem por métodos sorológicos e moleculares.

DIREITOS DO PACIENTE


Faça valer seus direitos!

"Saúde é direito de todos e dever do Estado"

O choque de se saber portador de um câncer abala qualquer pessoa. Porém , atitudes práticas devem ser tomadas.

O tratamento mesmo quando se trata com a assistência do Estado é caro, demanda o uso de muitos remédios, deslocamentos, internações contínuas e cuidados especiais com a alimentação.

A legislação brasileira assegura aos portadores de neoplasia maligna, câncer e outras doenças graves alguns direitos especiais.E estes podem ser:

-Auxílio à doença (licença para o tratamento de saúde)
-Carteirinha de isenção de pagamento de transporte
-Aposentadoria por invalidez
-Levantamento do FGTS e PIS/PASEP
-Fornecimento de remédios pelo SUS
-Isenção de pagamento de Imposto de Renda incidente na aposentadoria
-Andamento prioritário de processo judicial e
-Em alguns casos, até mesmo a quitação de casa financiada, levantamento de seguro e previdência privada


Documentos NecessárioS
Os documentos descriminados abaixo, são extremamentes importantes, pois servirão para instruir todos os pedidos e conseguir valer seus direitos:

-Atestados em papel timbrado da instituição com o diagnóstico e a Classificação Internacional de Doenças (CID) carimbados com o CRM e assinatura do médico responsável (validade de 30 dias)
-Estágio clínico atual da doença e do paciente
-Laudos médicos, resultados de exames de laboratórios e biópsias
-Carteira de trabalho( * para quem for empregado)

Para maiores informações, consulte o site da previdência social.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Dicas aos parentes e amigos


Existem algumas situações que são comuns a todos os pacientes, é bom saber que outras pessoas se sentem assim.
Esclarecimentos sobre o diagnóstico e a doença são importantes e facilitam a compreensão do tratamento. No momento do diagnóstico e no decorrer do tratamento, a presença da família e de pessoas íntimas é essencial para apoiar e confortar o paciente. A união é fundamental!
Muitos pensamentos e reações são apresentados pelos pacientes e seus familiares:



01- O momento do diagnóstico:
• Ficam paralisados pela noticia;
• Não conseguem pensar em nada;
• Revolta – Porque comigo? Porque o meu marido? O meu filho? ;
• O olhar para o paciente é outro – "como será o amanhã?" – "Haverá amanhã?";
• É possível conversar sobre o assunto com o familiar doente?
• Dá para ignorar o diagnóstico? Por quanto tempo?
• Os pais se sentem muito culpados, acham que erraram!



02 – Processo de elaboração da notícia:

• Todos começam a catar os "cacos";
• Tentar compreender diagnóstico, que bicho será este?
• Como fazer para enfrentá-lo?
• Onde eu posso me informar? A melhor fonte de informação é a do profissional que atende ao paciente. Isso varia de caso para caso. Não se baseie em informações relacionadas a outros pacientes. Sua doença ou de seu familiar tem características individuais, tanto no diagnóstico como no tratamento.
Muitas pessoas começam a dar palpites que são horríveis! Podem confundir muito.

"Procure colher informações com o médico"

03– Enquanto isso... E o paciente?
O paciente em geral "nega", até não poder mais. Salvo exceções, o paciente demora mais para colocar as informações em ordem. Muitas vezes só começam a cair as fichas quando os cabelos caem ou alguma alteração física acontece.



• É difícil conversar sobre a doença, é difícil pensar na possibilidade da morte;
• Muitas vezes o paciente não quer deixar a família preocupada, então não fala;
• O paciente precisa da família precisa de alguém que esteja ao lado. Pode não mostrar, pode não solicitar, mas tenha certeza que estar ao lado, disponível para o que ele precisar e quando ele pedir é importante. Um amigo, uma pessoa de fora do núcleo familiar ou um psicólogo pode ser de grande ajuda.

04– Às visitas no hospital:
Na maior parte das vezes os amigos e familiares não sabem o que falar, como agir e o que levar.
Não é fácil permanecer um longo período internado, ninguém gosta. O que fazer para melhorar a situação? Traga um agrado, uma coisa que lembre sua casa, um retrato, um livro, o travesseiro...



05– O tratamento
• Para tornar as coisas mais claras é importante conhecer as etapas do tratamento, os efeitos colaterais, os prazos e como serão avaliados os resultados. Pergunte tudo para o médico faça uma lista, escreva.
• Mantenha um ambiente de harmonia, procure manter um bom diálogo com a equipe médica e com a enfermagem;
• Procure se informar, sobre a nutrição, a fisioterapia, a assistente social e a psicóloga.
• Todos podem passar informações valiosas. No hospital é que se aprende o que é ser "paciente", é preciso muita PACIÊNCIA E DISCIPLINA.



06– Mantenha uma atitude positiva e confiante. A vontade de viver, de se curar é nossa grande força.
• As medicações, os exames, todo o tratamento requer muita disciplina e limita muita a vida do paciente.
• O paciente vai agredir aquele que ele sabe que está por perto e que sabe que o amor é garantido! Normalmente ele extravasa nas pessoas que estão por perto. Aos familiares: sejam também pacientes!



PENSE POSITIVAMENTE. FAÇA A SUA PARTE!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Medula Óssea


Muita gente confunde transplante de medula óssea com transplante da medula espinhal. Infelizmente, não se domina ainda a tecnologia necessária para transplantar um fragmento que seja da medula espinhal, isto é, da porção do sistema nervoso central que passa por dentro do canal localizado na coluna vertebral.
Quando se fala de transplante de medula óssea, estamos nos referindo a um procedimento clínico que possibilita retirar parte da medula alojada na cavidade interna de vários ossos, aquela parte que no esqueleto dos bovinos, por exemplo, chamamos de tutano.
A medula óssea é formada por tecido gorduroso no qual são fabricados os elementos figurados do sangue: hemácias ou glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
No entanto, ela pode entrar em falência e não ser mais capaz de produzir as células do sangue ou pode ser destruída completamente durante o tratamento de determinados tipos de câncer que exigem altas doses de medicamentos quimioterápicos e/ou de radioterapia. Em situações como essas, o transplante de medula óssea pode ser a única maneira de salvar muitas vidas. O procedimento é bastante simples. Colhe-se uma pequena quantidade de células progenitoras da medula óssea do doador e injeta-se no sangue periférico, na veia do receptor. Através da circulação, essas células atingirão o interior dos ossos, lugar onde mais gostam de viver, começarão a multiplicar-se e retomarão a atividade de produzir os componentes do sangue. Em pouco tempo também, o receptor terá recomposto completamente sua medula óssea e, se quiser, estará apto para uma nova doação.
Embora simples e possível de ser feito, esse procedimento esbarra num grande problema. Como se sabe, o organismo tem a capacidade de rejeitar tecidos que lhe são estranhos. No caso específico do transplante de medula óssea, essa rejeição tem características muito especiais que dificultam encontrar um doador compatível.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Fontes de células


Fontes de células mãe/progenitoras para a realização do TMO

• Coleta da medula óssea (crista ilíaca ou bacia)

As células-tronco hematopoiéticas ou células-mãe são colhidas com agulhas especiais diretamente da região posterior da bacia, o que exige anestesia geral ou peridural para que o doador não sinta dor. O procedimento tem duração de 60 minutos e é importante destacar que não é uma cirurgia, ou seja, não há corte, nem pontos. O doador fica em observação por um dia e pode retornar para sua casa no dia seguinte. A sensação do doador na região da nádega permanece em média por uma semana( 2 a 14 dias). A dor é referida como a causada por uma queda ou uma injeção oleosa. Não fica cicatriz, apenas a marca de 3 a 5 furos de agulhas.

• Coleta de células progenitoras do sangue periférico ( por aférese)

As células são coletadas( filtradas) do sangue em circulação. As células-tronco a serem transplantadas não são encontradas normalmente na circulação sanguínea e para serem coletadas são primeiramente estimuladas a se multiplicarem na medula óssea, e migram para a circulação. Esse resultado é obtido com a injeção de proteínas chamadas de fatores de crescimento, como o fator estimulador de colônias de granulócitos, ou G-CSF. Esse fator de crescimento é administrado diariamente como uma pequena injeção subcutânea, durante 4 a 5 dias e os sintomas são semelhantes a uma gripe.


Para colher as células-tronco para o transplante, um equipamento separador de células (máquina de aférese) retira o sangue de uma veia do braço, extrai as células-tronco e a seguir devolve o sangue para o corpo do paciente. Esse processo pode exigir que o paciente fique no hospital por 4 horas em média. O procedimento não causa dor, não há necessidade de anestesia geral e as células são armazenadas até o momento do uso.

• Cordão umbilical e placentário(SCUP)

As células do sangue de cordão umbilical são ricas em células progenitoras hematopoiéticas e podem ser congeladas no momento do parto . Os bancos de sangue de cordão umbilical (BSCUP) mantém estas células congeladas por longo tempo, disponibilizando-as como uma fonte alternativa para os pacientes que não possuem um doador HLA compatível.

A utilização das células do cordão apresentam algumas vantagens ,pois o risco de doença enxerto contra hospedeiro é menos agressiva devido a imaturidade celular e o tempo para encontrar um cordão compatível é menor, mas como desvantagem, a recuperação é mais lenta e o número de células no cordão é limitado, sendo viável apenas para pacientes com até 50kg.

Bancos de Sangue de Cordão Umbilical estão sendo criados em diversos países. No Brasil, o Ministério da Saúde regulamenta a operação dos bancos de sangue de cordão umbilical. As instituições vinculadas ao programa são: INCA - CEMO; Hemocentro de Ribeirão Preto - SP; UNICAMP - Campinas - SP e o Hospital Israelita Albert Einstein.

Primeiras células-tronco embrionárias brasileiras



Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) produziram as primeiras células-tronco embrionárias humanas do Brasil. É o primeiro resultado prático obtido no país desde a legalização das pesquisas com embriões humanos. Leia mais!


Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) produziram as primeiras células-tronco embrionárias humanas do Brasil.

É o primeiro resultado prático obtido no país desde a legalização das pesquisas com embriões humanos, pela Lei de Biossegurança, em 2005. Questionada na Justiça, a lei foi reconfirmada em maio deste ano pelo Supremo Tribunal Federal.

Para obter a linhagem estável, cientistas do Instituto de Biociências da Universidade usaram 35 embriões que estavam congelados em clínicas de fertilização in vitro —e que foram doados pelos genitores.
A pesquisa da USP começou em 2006 e conseguiu a primeira linhagem células-tronco embrionárias há cerca de três meses. Somente agora, contudo, Lygia da Veiga Pereira, líder do grupo de pesquisa, diz poder afirmar que as células produzidas são realmente células-tronco embrionárias.

"Observamos características mínimas que nos dão a certeza de que as células produzidas são células-tronco embrionárias. Elas são pluripotentes, ou seja, têm capacidade de se tornar diferentes tipos de células. Já conseguimos que elas virem células musculares e neurônios", explica.

Segundo a pesquisadora, as células-tronco embrionárias foram testadas em animais e o efeito foi muito positivo, superior ao resultado obtido com células-tronco adultas. "A melhora em testes para Parkinson e lesões da medula, por exemplo, é muito boa. Mas ainda precisamos de mais resultados para fazermos testes clínicos em humanos. O modelo animal ainda deve se manter forte aqui no Brasil", salienta.

Já nos Estados Unidos, Pereira aponta que o grupo Geron entrou com pedido no FDA (Food and Drug Administration), órgão regulamentador do país, para começar os testes clínicos em humanos. "Esse tipo de teste ainda não foi aprovado, mas em um ano as primeiras aplicações já devem ocorrer", sentencia.

Para ela, a autonomia em relação a linhagens estrangeiras representa o principal avanço para a pesquisa nacional. "Agora que conseguimos desenvolver células-tronco embrionárias no Brasil, não dependemos mais de células vindas de outros países para realizar nossas pesquisas".

"Estamos dez anos atrasados em relação ao mundo. Em 1998, surgiu a primeira linhagem de células-tronco embrionárias nos Estados Unidos. Mas isso não quer dizer que temos que evoluir dez anos. Já usamos as metodologias mais modernas", pontua a pesquisadora.

Lei de Biossegurança

A pendência quanto à legalidade da lei não impediu a pesquisa, mas atrapalhou. "Como o governo manteve o financiamento, a pesquisa continuou sendo desenvolvida enquanto a ilegalidade do uso de células embrionárias era discutida. Mas isso gerava insegurança. A pesquisadora Ana Maria Fraga teve sua bolsa negada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) porque o órgão não podia se comprometer a pagar o auxílio por cinco anos sendo que a pesquisa poderia se tornar ilegal em pouco tempo", diz Pereira.

Quem precisa de Transplante de Medula Óssea?


O Transplante de Medula Óssea (TMO) é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças auto-imunes.

Doenças Onco- hematológicas

-Leucemias Agudas e Crônicas
-Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin
-Mieloma Múltiplo
-Síndrome Mielodisplásica(SMD)

Doenças Hematológicas

-Aplasia Medular ou Anemia Aplástica Severa
-Anemia de Fanconi
-Hemoglobinapatias: Anemia Falciforme e Talassemia
-Hemoglobinúria Paroxística Noturna

Imunodeficiências

-Congênitas ou primárias e secundárias


A indicação do transplante depende, em geral, da doença e da fase da doença em que os pacientes se encontram. Para muitos casos, não há como controlar a doença. Somente com a quimioterapia e radioterapia convencional e a realização do transplante podem ser o melhor recurso terapêutico para alcançar a cura.

Novo Projeto da Fundação Ary Frausino para pesquisa e controle do câncer


Projeto:
Melhoria das Instalações da Unidade Pediátrica de Transplante de Medula Óssea do INCA e a Promoção do Cadastro de Doadores Voluntários de Medula Óssea

Regiões Beneficiadas:
Todos os Estados do Brasil.

Objetivos:

- Instalação de três leitos pediátricos no Centro de Transplantes de Medula Óssea (CEMO).
-Desenvolvimento de um programa de captação de doadores de medula óssea para inscrição no Registro Nacional de Medula Óssea (REDOME).

Benefícios e metas a serem alcançadas:
- Aumentar o número de transplantes através de doadores não-aparentados.
- Redução de custos com doadores internacionais.
- Agilidade no processo de transplante.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Centro de Transplante de Medula Óssea


O Centro de Transplante de Medula Óssea (CEMO) foi criado em 1983 e hoje destaca-se como o segundo maior do Brasil no tratamento de doenças no sangue como a anemia aplástica e a leucemia. O CEMO realiza transplantes de medula óssea alogenéicos e autólogos e atende a pacientes do Rio de Janeiro e demais regiões do Brasil no âmbito do SUS. Por determinação do Ministério da Saúde cabe ao CEMO sediar o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - REDOME e o Banco de Células de Cordão Umbilical e centralizar as consultas aos bancos internacionais de doadores de medula óssea.
O CEMO conta com os seguintes setores:

• a unidade clínica, que dispõe de 12 leitos instalados em ambiente alimentado por um sistema de filtragem especial do ar para a redução das partículas ambientais, visando minimizar o risco de infecções;

• a unidade ambulatorial, que recebe os novos pacientes e é também responsável pelo acompanhamento dos pacientes transplantados;

• a unidade laboratorial, que dá suporte aos transplantes, executando exames essenciais para a realização dos transplantes e acompanhamento dos pacientes e também é referência para pesquisas;

• a Divisão de Imunogenética, que inclui o laboratório onde se realizam as tipagens de doadores para transplante;

• o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), criado em 1993 e coordenado pelo INCA desde 1998.

• Banco de Células de Sangue de Cordão Umbilical (BSCUP), criado em 1999.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

COMO É FEITA A DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA



Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (10ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.

Seu sangue será tipado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante.

Seu tipo de HLA será incluído em nosso cadastro.

Quando aparecer um paciente, sua compatibilidade será verificada.

Se você for compatível com o paciente, outros exames de sangue serão necessários.

Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir quanto à doação.

Seu atual estado de saúde será então avaliado.

A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias, após a doação, pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.



Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro atualizado sempre que possível. Caso haja alguma mudança, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME.

O Transplante de Medula Óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e algumas outras doenças do sangue.

Caso você decida doar...



1. Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante).

2. Onde doar:
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros de cada Estado. No Rio de Janeiro, além do HEMORIO, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea.

Amor ao Vivo


Passo a passo para se tornar um doador

• Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar Medula Óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, através de punções e se recompõe em apenas 15 dias.

• Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as medulas do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível pode chegar a UMA EM CEM MIL!

• Por isso, são organizados Registros de Doadores de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

• Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.

• A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.

Caso você decida doar
1. Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante).

2. Onde doar:
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros de cada Estado. No Rio de Janeiro, além do HEMORIO, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea.