domingo, 7 de janeiro de 2018

ATIVIDADE FÍSICA

ALÉM DE DAR MAIS DISPOSIÇÃO PARA O PACIENTE, ELA AUXILIA NO CONTROLE DA ANSIEDADE, MELHORA O HUMOR E DIMINUI O ESTRESSE
Todo mundo já sabe que ser sedentário não está com nada. Perder peso, aumentar a mas­sa e a força muscular, melhorar a postura e a flexibilidade são apenas alguns dos benefícios de se fazer atividade física. A disposição mental também fica maior, e tudo isso junto contri­bui demais para uma boa qualidade de vida. Também para pacientes com câncer do sangue, claro. Por serem submetidos a diversos tratamentos (como cirurgias, quimioterapia e radioterapia) que podem apresentar alguns efeitos colaterais, como dor, fadiga, diminui­ção da capacidade física e indisposição, fazer atividade física funciona como um excelente remédio. A única precaução é que nada seja feito sem antes consultar o médico, já que alguns exercícios não são indicados. Aqui, a fisioterapeuta Priscilla Mendoza, que faz parte do Comitê da ABRALE, dá informações e dicas impor­tantes sobre a prática de atividade física por pacientes.

Quem pode praticar?
Todo e qualquer paciente que esteja em condições de se movimentar, e que seja orientado e supervisio­nado pelo seu hemato-oncologista, que precisa liberar os exercícios. Também é importante considerar o gosto pessoal de cada um, pois realizar uma atividade que não apenas contribua para manter a capacidade física mas também proporcione prazer ao paciente melhora muito a qualidade de vida nessa etapa do tratamento. 

Que precauções devem ser tomadas?
Primeiramente, o médico precisa liberar o paciente para a realização da atividade física, pois cada câncer tem suas características próprias e só o onco-hematolo­gista de cada pessoa pode avaliar o quanto essa prática pode auxiliar ou não. Depois de liberados, os exercícios precisam ser orientados por um profissional da saúde, e com o objetivo único de manter a capacidade física e amenizar alguns efeitos do tratamento. Nesse momento não deve ser feito nada que vise à perda de peso ou ao ganho de massa muscular. Vale lembrar que, se o pa­ciente não tinha uma rotina de atividade física antes do tratamento, deve iniciar de forma bem leve e gradual, enquanto aqueles que já faziam exercícios precisam re­duzir o ritmo, respeitando o momento.

Quais os exercícios permitidos e os proibidos?
Os mais indicados são as atividades aeróbicas leves (como caminhada), os alongamentos e relaxamentos e, se possível, um fortalecimento leve e supervisionado (exercícios com peso ou pilates), com o objetivo de man­ter a força muscular e a capacidade física. Os proibidos são exatamente os que vão contra esse foco de manuten­ção, como os de muito impacto e os de alta performance. 

E quanto às atividades do dia-a-dia?
O ideal é que durante o tratamento o paciente consiga manter todas essas atividades simples do dia a dia, como lavar a louça, passear com o cachorro etc. Melhor evitar apenas aquelas que envolvam carregar muito peso ou que causem grande exaustão. Ter equilíbrio é a melhor alternativa, mantendo sua rotina o mais normal possível mas sempre respeitando os seus limites.

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