domingo, 7 de janeiro de 2018

ODONTOLOGIA NO CÂNCER: COMO CUIDAR DOS DENTINHOS E PROBLEMAS BUCAIS



Com os cuidados bucais, é possível evitar alguns problemas bastante comuns aos que realizam quimioterapia, radioterapia ou que estão se recuperando de um transplante de medula óssea.
As principais complicações enfrentadas pelos pacientes são:
Mucosite oral: o surgimento de feridas na cavidade oral causa dor e desconforto, além de aumentar as chances de contrair bactérias.
Xerostomia: a secura excessiva da boca é comum, pois o tratamento acaba causando alterações nas glândulas salivares.
Cárie de radiação: por causa da baixa produção de saliva e de má higiene bucal, as cáries podem surgir.
Infecções oportunistas: a baixa imunidade deixa o paciente bem suscetível, por isso todo cuidado é pouco quando o assunto são as infecções.
Sangramento bucal: com o baixo número de plaquetas, ele pode acontecer, inclusive, de forma espontânea.
Perda do paladar: o tratamento causa alterações importantes no organismo, entre elas as que ocorrem nas papilas gustativas, fazendo com que o paciente não sinta os sabores de alguns alimentos.
Perda óssea: a perda dos dentes não costuma ser comum em pacientes em tratamento do câncer, porém pode acontecer caso os cuidados de higiene não sejam realizados corretamente.

Como o tratamento acontece?
f 43001Para tratar e amenizar os problemas bucais, é fundamental, antes de tudo, que durante todo o tratamento, e até mesmo antes de começá-lo, o paciente tenha um acompanhamento odontológico com um profissional especializado em câncer. A higiene bucal não pode ser deixada de lado, ainda que a região da boca esteja dolorida.
  Nesse momento, é mais indicado o uso de escovas macias e bochechos com soluções antissépticas sem álcool.
  Para aliviar a mucosite oral, o paciente pode utilizar soluções isotônicas, anti-inflamatórios e o tratamento com laser, conhecido por laserterapia, que também apresenta excelentes resultados.
• Quando houver redução de fluxo salivar e a boca ficar muito seca, pode-se usar protetor labial à base de lanolina e lubrificantes bucais, conhecidos como saliva artificial. Assim, evita-se possíveis feridas e infecções.
  O sangramento nas gengivas também pode estar associado à placa bacteriana, que causa uma inflamação no local. Para evitá-lo, o profissional deve acompanhar com o paciente a forma correta de realizar a escovação e, se for necessário, remover essas placas por meio do tratamento periodontal.
  As infecções oportunistas exigem todo o cuidado possível. Para tratá-las, são indicados medicamentos tópicos ou orais, que só devem ser utilizados com o acompanha - mento médico e do dentista.
• Aos que tiveram perda óssea, os implantes dentários podem ser indicados. O que realmente irá importar é o estado clínico: se o paciente estiver em remissão completa, esse procedimento está liberado; mas, se ainda estiver em tratamento com quimio ou radioterapia, o paciente fica mais exposto a possíveis infecções no local do implante, o que não deve acontecer. As pessoas que fazem radioterapia na região da cabeça e do pescoço ou que fizeram uso dos medicamentos do grupo de bisfosfonatos (utilizados no combate a problemas ósseos), tem restrição à colocação de implantes.
O uso de aparelhos ortodônticos deve ser suspenso durante o tratamento para evitar sangramentos e possíveis infecções. Apenas após dois anos de remissão pode ser feito o tratamento ortodôntico normalmente.

Onde tratar?
Ainda que o tratamento odontológico especializado não esteja disponível em todos os hospitais do País, é muito importante que o paciente procure saber se onde ele se trata há esse tipo de serviço.

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