domingo, 7 de janeiro de 2018

SÍNDROME MIELODISPLÁSICA - SMD

Sinais e Sintomas - SMD
Consultoria: Dr. Phillip Scheinberg
O corpo pode dar indícios de que algo não vai bem. Porém, lembre-se: os sinais podem ser comuns a outros problemas de saúde, portanto é preciso consultar um médico e relatar qual é a frequência destes sintomas, intensidade de cada um e fazer os exames que ele solicitar para se chegar a um diagnóstico.
· Anemia
· Fraqueza e cansaço
· Palidez
· Sangramentos espontâneos
· Febre
Se notar qualquer diferença em seu corpo, procure um médico. No dia da consulta, fale sobre cada um dos sintomas, e também sobre os medicamentos dos quais fez uso. Tudo isso pode ajudar, e muito, na investigação.

Diagnóstico - SMD
hemograma2
Consultoria: Dr. Phillip Scheinberg
O primeiro exame que pode apontar algum problema é o hemograma completo (exame de sangue). Nele, podem ser vistas as baixas taxas dos componentes do sangue - em especial os glóbulos vermelhos - o que já demonstra que algo não está normal no organismo. 
mielograma (quando uma pequena quantidade de sangue é retirada da medula óssea por meio de uma agulha) e a biópsia da medula (um pequeno fragmento do osso da bacia é retirado para avaliação) também são importantes para se checar o tamanho e o formato das células, incluindo o percentual de blastos (células imaturas). Caso a doença seja confirmada, estes exames sempre deverão ser feitos, para constatar se a mielodisplasia não evoluiu para a leucemia mieloide aguda.
O médico pode pedir ainda exames de citogenética, que avalia os números dos cromossomos dessas células; imunofenotipagem, que poderá identificar com maior clareza as células alteradas; FISH (hibridação fluorescente in situ) muito específico, que também pode encontrar anormalidades em cromossomos; e imuno-histoquímica, que consegue avaliar de perto as células doentes da medula.
**De todos estes exames, apenas o FISH não está disponível do Sistema Único de Saúde (SUS). Se você está enfrentando algum problema, saiba que a Abrale oferece gratuitamente Apoio Jurídico.
Converse com seu médico a respeito dos exames e procure tirar todas as suas dúvidas: como são feitos os procedimentos, se há algum risco, em quanto tempo saberá o resultado e o que mais quiser saber. É muito importante se sentir seguro! 

Tratamento - SMD
Consultoria: Dr. Phillip Scheinberg
Por mais estranho que pareça, a doença em fase inicial pode não necessitar de tratamento, e sim apenas de acompanhamento médico. Mas essa será uma decisão do especialista.
Dentre as principais opções para o tratamento estão:

   Transplante de medula óssea
Também chamado de transplante de células-tronco hematopoéticas, é geralmente a primeira opção terapêutica para aqueles casos que necessitam de tratamento. Apenas com ele o paciente poderá alcançar a cura.
Para realizá-lo, serão analisadas algumas condições, como a idade e o estadiamento da doença. Caso o paciente seja um candidato, será indicado o transplante alogênico, quando há necessidade de um doador 100% compatível.
   Terapias Biológicas
Diferente da quimioterapia, essas terapias atuam de maneira distinta nas células, sendo menos tóxicas e com menos efeitos colaterais. Entre elas estão os agentes hipometilantes (cujos representantes dessa classe são a azacitidina e a decitabina) e o agente imunomodulador (cujo representante da classe é a lenalidomida).
Por terem menos efeitos colaterais, essas drogas são preferíveis, principalmente porque a mielodisplasia acomete pessoas de mais idade que tendem a não tolerar muito bem tratamentos mais agressivos.
A azacitidina ou a decitabina são consideradas drogas de primeira escolha em pacientes com mielodisplasia mais avançada que não candidatos a transplante de medula óssea, ou no preparo para o transplante de medula óssea. Diferentemente da quimioterapia, não há a queda do cabelo e os efeitos coletarias são mais brandos, permitindo uso continuado por mais tempo caso o paciente tenha benefício.
A lenalidomida pode ser muito útil em pacientes com mielodiaplsia que apresentem uma alteração muito específica no exame de citogenética, conhecido como síndrome do 5q-. Nesses casos, é considerada terapia de primeira escolha.
*Os dois primeiros medicamentos são aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas não são distribuídos gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Já a Lenalidomida ainda não tem aprovação no país.
A Abrale oferece gratuitamente Apoio Jurídico a todos os pacientes do Brasil. Se você está enfrentando alguma dificuldade em seu tratamento, não hesite em nos contatar!

   Quimioterapia
efeitos colaterais da quimioterapia
Este tratamento utiliza medicamentos extremamente potentes no combate ao câncer, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. 
Ela pode ser oral ou aplicada direto no sangue, em particular quando o paciente está com a mielodisplasia bastante avançada. Sua administração é feita em ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao corpo um momento de recuperação, e o uso de cateteres geralmente é necessário. 
Alguns efeitos colaterais podem surgir, como enjoo, diarreia, obstipação, alteração no paladar, boca seca, feridas na boca e dificuldade para engolir. Mas saiba que existem alternativas para amenizá-los. A nutrição é uma importante aliada na melhora de cada um deles. 
A queda de cabelo também costuma acontecer, pois a quimioterapia atinge as células malignas e também as saudáveis, em especial as que se multiplicam com mais rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pelo crescimento dos cabelos. Nessa fase, busque por alternativas como lenços, bonés, chapéus ou perucas, caso se sinta mais à vontade.
A imunidade baixa, comum a esta fase do tratamento, pode facilitar o surgimento das infecções. A febre é o aviso de que um processo infeccioso está começando, então não deixe de procurar seu médico. Se for necessário, medicamentos serão administrados.
Mas com pequenos cuidados, como lavar as mãos com frequência, você pode evitar que essas temidas infecções apareçam. 
Também são utilizados medicamentos como terapia de suporte, que objetivam controlar ou inibir o surgimento de infecções, amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia e melhorar a qualidade de vida do paciente em tratamento. Os principais são:
· Aciclovir
· Alfaepoetina
· Alopurinol
· Caspofungina
· Dexametasona
· Enoxaparin
· Filgrastim
· Levofloxacina
· Metilpredinisolona
· Mesna
· Mercaptopurina
· Sulfametoxazol
· Trimetoprima
· Voriconazol
Todos os medicamentos têm registro na Anvisa (Agência Nacionalde Vigilância Sanitária) e são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se estiver enfrentando algum problema, a Abrale oferece gratuitamente Apoio Jurídico.

   Transfusão de sangue
Em alguns casos, este procedimento também pode ser sugerido, para repor a quantidade e a qualidade das células.

   Importante! Converse sempre com seu médico, questione sobre seu quadro, o tratamento e as respostas que está obtendo. Sinta-se à vontade para falar sobre tudo. E siga à risca os cuidados indicados pelo especialista, sempre. 


Mas, e se a Síndrome Mielodisplásica voltar?
Consultoria: Dr. Phillip Scheinberg
O acompanhamento médico é essencial, ainda que o paciente esteja em remissão completa (quando a doença não consta mais nos exames). Caso a recidiva ocorra, um novo ciclo de tratamento irá se iniciar, com doses mais altas de quimioterapia e até mesmo uma indicação de transplante de medula óssea.
Tenha em mente que a ciência a cada dia avança mais, e as opções de medicamentos são bem vastas. 




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